Greve dos bancários fecha agências no país nesta terça-feira dia 6

ter, 06 de setembro de 2016 • 14:20 • Brasil

Bancários de todo o país devem entrar em greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No início do dia, pelo menos 21 estados e o Distrito Federal tinham agências fechadas.
 
São Paulo
Bancários de capital paulista e da Grande São Paulo também aderiram à greve nacional e paralisaram as atividades por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6). Entre outras reivindicações, a categoria pede um reajuste salarial de 14,78%, mas os bancos oferecem apenas 6,5%. Sem acordo após cinco rodadas de negociação, os trabalhadores decidiram cruzar os braços.
 
Agências bancárias de Sorocaba e região também aderiram à paralisação nacional. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Júlio Camargo, a greve fechar 300 agências em 40 municípios da região.
 
Na Baixada Santista, a estimativa de Eneida Koury, presidente do SEEB Santos, é que 90% das agências de Santos fiquem fechadas para atendimento a partir desta terça-feira. Nas outras oito cidades da região, cerca de 70% das unidades devem fechar as portas.
 
Os bancários do Vale do Paraíba e região bragantina também aderiram. O Sindicato dos Bancários informou que agências de toda a região permanecem fechadas nesta manhã e ao menos 2.600 bancários aderiram ao movimento.
 
O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região não informou o balanço sobre a quantidade de agências que aderiram à greve em Campinas nesta terça-feira, mas considerou alto o número de unidades paradas.
 
Na região de Presidente Prudente, são cerca de 40 agências bancárias e 30 nos demais municípios. "A perspectiva é de que todas em Presidente Prudente irão fechar e algumas na região. Nos outros dias, esperamos uma adesão de 100%", disse o presidente do sindicato, Edmilson Trevizan.
 
Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5%  sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
 
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
 
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.
 
"É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira", diz a entidade.
 
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
 
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
 
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.
 
Fonte: Portal GLOBO.com

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